Há uma força imensa na delicadeza.
Não a que se exibe, mas a que resiste em silêncio,
a que escolhe não ferir quando poderia,
a que permanece humana num mundo apressado.
Viver é um gesto frágil,
mas existir com consciência é um acto de coragem.
É continuar a oferecer ternura
mesmo quando a vida se mostra áspera,
é acreditar na luz
sem exigir garantias.
A delicadeza não é fraqueza —
é sabedoria amadurecida pelo amor.
E quem aprende a existir assim
deixa, por onde passa,
uma forma invisível de eternidade.
© Pedro Miguel Rocha